Tanto Moscou quanto Kiev têm reiterado publicamente o interesse em iniciar conversas diretas para pôr fim ao conflito em curso. No entanto, um impasse permanece: quem deve estar à mesa de negociação.
O governo russo declara estar aberto a negociações com a Ucrânia, mas mantém firme a exigência de que qualquer tratado futuro considere os territórios atualmente sob seu controle como parte da Federação Russa. Kiev, por outro lado, insiste que nenhuma conversa poderá avançar sem a retirada das tropas russas e a devolução integral de seus territórios internacionalmente reconhecidos.
Essa divergência de posições sobre os termos básicos e os interlocutores legítimos no processo continua sendo o principal obstáculo. Enquanto a Rússia não reconhece a legitimidade do governo ucraniano como única parte decisória, a Ucrânia recusa qualquer acordo que envolva representantes das regiões ocupadas ou que consolide perdas territoriais.
Apesar das declarações públicas de abertura ao diálogo, o cenário indica que, por ora, a paz continua distante, e os esforços diplomáticos esbarram em exigências consideradas inaceitáveis por ambos os lados.
Redação: Kuia Bue