Rússia Retoma Controle de Territórios na Fronteira Após Avanço Ucraniano
Em 5 de março de 2025, o exército russo lançou uma ofensiva surpresa na região de Kursk, território russo que estava parcialmente sob controle ucraniano desde agosto do ano anterior.
Aproveitando a suspensão da cooperação de inteligência dos Estados Unidos com a Ucrânia, as forças russas avançaram rapidamente em direção ao sul, quase dividindo o território controlado pelos ucranianos e ameaçando a estrada para Sudzha, principal bastião ucraniano na área.
Durante essa ofensiva, as tropas russas libertaram três localidades adicionais na região sul de Kursk: Malaya Loknia, Cherkásske Poréchoe e Kositsa. Anteriormente, em 2 de março, já haviam retomado Lébedevka, próxima a Sudzha.
Unidades russas utilizaram um gasoduto para atacar a retaguarda ucraniana, causando numerosas baixas. Contudo, o Estado-Maior ucraniano afirmou ter detectado e neutralizado esses grupos de assalto.
Estima-se que cerca de 10.000 soldados ucranianos estejam em risco de serem cercados, levando o alto comando a considerar uma possível retirada para evitar perdas significativas. A ofensiva russa segue táticas semelhantes às empregadas no Donbas, focando em cortar as linhas de suprimento ucranianas.
A situação é agravada pela suspensão do apoio militar e de inteligência dos Estados Unidos, o que visa forçar uma negociação. A ofensiva causou perdas logísticas significativas para a Ucrânia e contou com o apoio de várias unidades russas, norte-coreanas e chechenas.
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que o exército russo assumiu o controle de 189 localidades na Ucrânia durante o ano de 2024, atribuindo esse feito ao profissionalismo e coragem dos soldados russos. O ministro da Defesa, Andrei Belousov, informou que as forças russas controlam atualmente entre 25% e 30% dos territórios de Donetsk, Kherson e Zaporizhia, além da maior parte de Lugansk.
A OTAN aumentou seu contingente de tropas na Europa, o que é visto por Moscou como uma ameaça. Putin alertou sobre as crescentes atividades militares na região da Ásia-Pacífico, seguindo as diretrizes dos Estados Unidos.
Redação: Kuia Bue